UA

e-portefólio

domingo, 14 de novembro de 2010

Outros recursos

Este vídeo, , é um filme simples, mas eficaz que faz um retrato alunos do século XXI, ou seja dos nativos digitais de Prensky.




Durante a fase de pesquisa para este primeiro trabalho, encontrei estes dois testes que são um modo divertido e simples de ficar a saber se somos nativos ou imigrantes digitais.

Testes (Quiz)
Are you a digital native?
Imigrante ou nativo?

Recursos complementares

Para a elaboração do PowerPoint sobre o perfil do estudante digital utilizei estes recursos. Saliento a homepage do autor da bibliografia obrigatória, Marc Prensky, que contém várias comunicações suas sobre os jovens, os media e a escola. A reter...

Humor Digital







sábado, 13 de novembro de 2010

Reflexão


O conteúdo temático desta actividade revelou-se de grande interesse, bem como a bibliografia consultada. Este tema permitiu-me, de modo mais crítico e estruturado, reflectir sobre questões que fazem parte do meu quotidiano, como mãe e como professora e a que não podemos fugir, porque o mundo digital é, afinal, o mundo em que vivem os nossos jovens.


A metodologia do trabalho de grupo foi bastante enriquecedora a vários níveis. Embora não tenha sido a primeira vez que trabalhei nesta modalidade, considero que, desta vez, mais do que um trabalho de grupo, foi um verdadeiro trabalho de equipa. Estivemos, na maior parte das vezes, em sintonia e quando tal não foi possível, conseguimos argumentar, negociar, ceder e chegar a um consenso final. Utilizámos o fórum para comunicar e também o Skype (embora utilize frequentemente este programa, nunca tinha experimentado com mais duas pessoas em simultâneo). Foi igualmente interessante utilizar o Google docs, em comunicação instantânea. Houve ainda uma boa gestão do tempo para realização da actividade.

A fase do debate alargado foi do meu ponto de vista muito profícua. Houve, de facto, interacção, discutiram-se ideias e levantaram-se questões que nos preocupam a todos enquanto professores, educadores e pais: Será que os jovens aprendem neste ambiente digital? Será que esta multi-tasking ability não promove a desconcentração e conduz a dificuldades de aprendizagens? Será que o aluno digital não passa de um mito? Qual é o nosso papel, enquanto professores?


A este propósito, e já posteriormente a esta actividade, encontrei um artigo na revista Super Interessante 151, Novembro, 2010, p. 50-51) que me parece bastante revelador destas questões e que passo a citar:
O escritor Nicholas Carr [...] está convencido de que a internet possui efeitos devastadores nas nossas aptidões cognitivas e reduz drasticamente a capacidade de concentração. Além disso, diferentes estudos parecem confirmar que os textos cheios de hiperligações são mais difíceis de compreender do que os tradicionais, e que as pessoass viciadas no sistema multitarefa [...] são menos criativas e produtivas.
Do meu ponto de vista, esta visão é bastante redutora da realidade. Pelo que observo na minha prática diária, no passado como professora e, presentemente, como professora bibliotecária, atrevo-me a dizer que os novos jovens continuam a aprender, sim, mas de modo diferente, porque diferentes são os meios em as aprendizagens se desenvolvem, porque diferentes são os recursos utilizados, porque diferente é o acesso à informação. Talvez esteja na altura de repensarmos o nosso papel como professores!


Das várias intervenções no fórum destaco uma do Valdemar relacionada com esta temática e uma minha, pois ambas assentam em perspectivas algo diferentes sobre o mesmo assunto. Contudo,  existe um ponto onde ambos estamos de acordo: a escola tem que mudar, sob pena do fosso, entre o que os nossos jovens aprendem nas escola e o que aprendem "lá fora", ser cada vez maior.


Re: Discussão Conjunta
por Valdemar Silva - Sexta, 22 Outubro 2010, 12:41
Quanto ao primeiro tema de reflexão, diria que Prensky teve a a capacidade de verbalizar e sistematizar aquilo que é uma percepção intuitiva de quem observa com atenção o mundo em que está integrado e constato como professor e pai que a nova geração que nasceu e está a crescer com a era digital apresenta um paradigma visceralmente marcado pelas novas tecnologias e pela web 2.0. No entanto, penso que perpassa pelos textos do autor referido uma visão demasiado encomiástica dos nativos digitais sem sinalizar alguns aspectos menos positivos que se constatam nesta geração imersa até à medula em ambientes e recursos digitais como:
- a valorização da forma e a subalternização do conteúdo,
- a sobrestimação do soundbyte, da frase lapidar e bombástica e a depreciação da exposição substantiva e longa
- a valorização do espectacular e o culto da banalidade em detrimento do estudo profundo e da opinião alicerçada em conhecimentos sólidos
- um relativismo absoluto que coloca no mesmo plano a opinião sólida e a impressiva
- Gera também uma falta de atenção ao que é relevante, cultural, social, económica, politicamente, uma enorme dificuldade em destrinçar o essencial do acessório.
-Daí resulta uma enorme dificuldade em aprender, porque nunca se está no mesmo sítio, nunca se está calado, nunca se pára de se mexer, nunca se desliga o telemóvel, nunca se sai da frente dos ecrãs, televisão e computador, nunca se deixa de falar, de "twitar", de enviar SMS, nunca se deixa de receber "tweets" e SMS, fotografias, sons, vídeos, alguns, poucos, textos. Este overload se é pluralista no seu interesse, não deixa de ser monista na sua desatenção.

O que me parece inelutável, e entro no 2º tópico de reflexão, é que o sistema educacional tem que mudar radicalmente e adaptar-se à nova forma de aprender, partilhar, jogar, comunicar, gerir o espaço vital desta geração da era digital e deve reformular radicalmente as suas metodologias de ensino sob pena de a sua função fundamental ficar condenada ao fracasso.
Eu enquanto PB tenho tentado consciencializar os colegas para esta nova realidade e para a necessidade de potencial as imensas virtualidade deste novo "modus vivendi" da geração digital, mas há muitos mecanismos de inércia e mesmo de bloqueio que impedem que haja uma estratégia consistente e uma reformulação das metodologias pedagógicas nas escolas.


Re: Discussão Conjunta
por Teresa Costa - Sábado, 23 Outubro 2010, 14:48
Olá colegas digit@is 
"Daí resulta uma enorme dificuldade em aprender..."
Esta frase do Valdemar suscita-me algumas dúvidas, porque, de facto, pessoalmente, considero que as novas gerações continuam a aprender, e que sempre houve e sempre haverá jovens com dificuldades em aprender. Isto é, cada geração aprende sempre de modo diferente da sua antecessora.

Penso que é consensual que a geração digital processa a informação de modo diferente (todos nós dizemos isso nos nossos trabalhos). Logo, o modo de transformar a informação em conhecimento também é diferente. Como eles aprendem e o que aprendem, aí sim, reside a questão, mas não necessariamente um problema. O nosso papel como educadores é orientá-los a seleccionar a informação e a transformá-la em conhecimento e, inclusive, transmitir-lhes o gosto por esse conhecimento e ensinar-lhes regras de etiqueta digital.  Se dominarmos a linguagem deles, a digital, e os meios tecnológicos que estão à nossa disposição (numas escolas mais do que noutras) mais fácil será a nossa tarefa – ensinar, orientar – e a deles – aprender.

Teresa

Bem-vindos!



Este é meu e-portefólio, criado no âmbito da Unidade Curricular Media Digitais e Socialização do Mestrado de Gestão da Informação e Bibliotecas Escolares, da Universidade Aberta. Aqui irei dando conta do meu trabalho desenvolvido ao longo do semestre. A criação deste portefólio, ainda nesta fase inicial do curso, irá permitir que as temáticas estudadas não sejam esquecidas, possibilitando, simultaneamente, a troca de opiniões, partilha de saberes e experiências entre os vários colegas do curso.