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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
Os jovens e o seu mundo digital - estudo holandês
Este estudo sobre os jovens holandeses e os medias digitias foi feito na Holanda, em 2006. As suas conclusões poderiam ser as mesmas se o estudo incidisse sobre os jovens portugueses, o que vem demonstrar que este é um fenómeno global. Reflexão Final

Esta Unidade Curricular permitiu-me, simultaneamente, aprofundar algumas questões relacionadas com os Jovens e os Media e adquirir uma outra perspectiva sobre esta temática.
Em relação às temáticas abordadas nesta Unidade Curricular, cabe-me dizer que todas me interessaram, de modo geral. Contudo, a actividade que mais gostei foi a das entrevistas aos jovens, porque, por um lado, foi uma actividade eminentemente prática, e por outro, foi o possibilitar de testar “in loco” as hipóteses que fomos colocando ao longo do semestre sobre os media digitais e os jovens. Gostei particularmente da construção do guião de pesquisa através do wiki, como processo colaborativo, e da entrevista que realizei a uma jovem. Muito interessante.
Na fase inicial do semestre, no fórum da apresentação, referi que tinha optado por este seminário, porque sempre me interessei pelas novas tecnologias. Reconheço que o facto de ser professora bibliotecária nos últimos nove anos influenciou o modo como encaro as novas tecnologias da informação e da comunicação e o à vontade como que as utilizo e como encaro a utilização de novas ferramentas.
Por outro lado, todas estas questões das redes sociais e do seu impacto no modo de comunicação dos jovens, hoje em dia, sempre me interessaram. E não poderia ser de outro modo, pois como educadora sinto a necessidade de conhecer os jovens com quem lido diariamente, de modo a chegar mais facilmente até eles. Esta UC tornou-se por este motivo muito útil, pois permitiu-me reflectir e debater com os colegas sobre o modo como os novos media digitais contribuem para a construção da identidade e da socialização dos jovens. Compreender o modo como os jovens actuam, como se relacionam uns com os outros, o que gostam, o que pensam e como se apropriam da informação, nos dias de hoje, é essencial para a nossa profissão.
Neste sentido, realço a primeira actividade realizada sobre o perfil do estudante digital, que me permitiu clarificar alguns conceitos sobre os nativos/imigrantes digitais e adquirir uma perspectiva diferente dos nossos alunos.
Dos vários temas abordados no fórum realço a questão da utilização segura e ética da Internet. Creio que neste aspecto houve quase sempre consenso por parte de todos os colegas de turma. Alertar, educar, reflectir são as palavras-chave para todos nós enquanto educadores, pais e mães.
Gostaria de evidenciar os trabalhos de grupo realizados nesta UC. Em primeiro lugar, considero que foi importante termos tido a possibilidade de escolhermos os nossos grupos de trabalho. Tive a sorte de poder trabalhar sempre com as mesmas colegas, a Zelinda e a Soledade, tendo havido, desde o primeiro momento, uma verdadeira sintonia entre as três. Foram actividades muito produtivas, designadamente pelos momentos de aprendizagem, interacção e partilha e convivência que me proporcionaram com as minhas colegas de grupo.
Relativamente ao meu trabalho individual nesta acção, penso que este foi bastante positivo. Realizei dentro dos prazos estabelecidos todas as tarefas propostas e considero que me empenhei na realização dessas mesmas tarefas.
Participei regularmente em todos os fóruns e creio ter contribuído positivamente para a discussão de ideias.
No que se refere às dificuldades sentidas, foi complicado, por vezes, conciliar a vida pessoal e profissional com a de estudante, sobretudo em momentos de mais trabalho. Embora o nosso grupo-turma fosse relativamente pequeno, não foi possível responder a todos os comentários. De qualquer modo, considero que as discussões dos fóruns foram sempre pautadas pelo respeito tendo, inclusivamente, havido momentos de boa disposição.
Gostaria ainda de referir o modo como decorreu esta UC, salientando que a apresentação gradual dos conteúdos, facilitou a apropriação dos mesmos. Mais, o tempo foi adequado para a reflexão, pesquisa e debate.
Para finalizar, hoje, passados alguns meses, devo dizer que as minhas expectativas em relação a esta Unidade Curricular foram correspondidas. O meu muito obrigado à professora Maria João pelas situações de aprendizagem proporcionadas e pelo apoio prestado e aos meus colegas pela partilha, pela discussão e pela troca de ideias e experiências.
Os jovens e os telemóveis
Ainda relativamente à questão do telemóvel e da sua utilização na sala de aula, Prensky refere que este será o recurso educativo mais importante do século XXI, e não a Internet como a maioria de nós poderia supor."One of the most important tools for 21st century students is not the computer that we educators are trying so hard to integrate, but the cell phone that so many of our schools currently ban" (Prensky, 2005).
Ver aqui o artigo na íntegra: Listen to the natives, de Marc Prensky.
domingo, 16 de janeiro de 2011
Reflexão

Este trabalho de grupo foi, em termos de colaboração, muito profícuo. Na primeira fase, em que construímos o guião da entrevista através do wiki, sugeri algumas questões e corrigi outras. Seguidamente, o meu grupo formado, mais uma vez, pela Soledade e pela Zelinda, chegou a um consenso sobre o modo de realizar as entrevistas: cada uma de nós iria entrevistar um jovem do ensino secundário. Pessoalmente, fiz a entrevista recorrendo a um gravador Mp3, tendo posteriormente passado a mesma para suporte escrito. O trabalho de grupo prosseguiu com a divisão do trabalho pelos três elementos do grupo, onde cada uma de nós fez as conclusões de uma parte. Depois foi a vez de utilizar o Google docs e o documento final foi surgindo com a colaboração de todas.
Como já referi, este trabalho foi bastante enriquecedor. Os resultados das entrevistas, não obstante a amostra ter sido pequena, vieram corroborar aquilo que todos nós já intuíamos e sabíamos através alguns estudos indicados por colegas no fórum.
Sublinho alguns aspectos que considero paradigmáticos destes “nativos digitais”: todos os jovens têm computador e acesso à Internet; não têm blogues e consideram o telemóvel essencial nas suas vidas. De salientar a importância da redes sociais na vida dos jovens, como o Facebook.
Estes são os nossos jovens nas nossas salas de aulas. Estaremos nós professores preparados para lidar com eles? Ou é inevitável o fosso a que Prensky apelida de "
Finalmente destaco uma comunicação minha e outra da Soledade sobre os blogues. Esta temática já tinha sido abordada na actividade 2, onde foi discutido o caso das páginas pessoais e blogues ser diferente em Portugal. Muito interessante o estudo que a Soledade partilhou connosco.the digital divide"? Pessoalmente penso que a escola terá que mudar, inovar...
Blogues e páginas pessoais
por Teresa Costa - Segunda, 17 Janeiro 2011, 22:01
Re: Blogues e páginas pessoais
por Maria Almeida - Terça, 18 Janeiro 2011, 23:03
Olá Teresa Consultando o estudo E-Generation: Os Usos de Media pelas Crianças e Jovens em Portugal, de 2007, em que foram inquiridos jovens até aos 18 anos, através do inquérito presencial ou do inquérito online, ficam aqui alguns dados que estão de acordo com as nossas conclusões e que referem, entre outras as seguintes informações, relativamente aos blogues, (o estudo é de 2007):
Não deixa de ser relevante, no que respeita à juventude portuguesa, o facto de apenas 40% saberem o que é um blogue. Note-se que entre os inquiridos online mais de metade já fez um blogue e depreende-se que uma percentagem maior de inquiridos sabe que o é um blogue e que já visitou blogues. Tal situação marca um contraste entre aqueles familiarizados e socializados na internet e a população juvenil em geral. Verifica-se
ainda que há percentagem maior de jovens do sexo masculino que pelo menos sabemque os blogues existem (45,5%) do que de raparigas (34,8%). Como seria de esperar háuma maior percentagem de jovens inquiridos entre os mais velhos, a partir dos 13 anos,que sabe o que é um blogue. Cerca de metade dos inquiridos mais velhos sabe da existência da blogosfera em comparação com apenas 25,1% dos inquiridos dos 8 aos 12 anos. Dentro daqueles que sabem da existência dos blogues, apenas 20% mantém algum
blogue. No entanto, é curioso notar que entre estes inquiridos, há uma percentagem ligeiramente mais elevada de jovens do sexo feminino que mantêm um blogue (22,1%) em comparação com os rapazes (18,3%).
O estudo encontra-se disponível em
http://cies.iscte.pt/destaques/documents/E-Generation.pdf
e não refere os factores/dificuldades que condicionam a criação/publicação de/em blogues. No entanto, referencio, para pensarmos, o seguinte: publicar implica tomar um conjunto de decisões, entre as quais: Sobre o quê? Se o jovem tem um foco de interesse, e esse foco pode ser ele próprio, então poderá ser mais fácil publicar.
Até sempre
Caros colegas 
Quando nos debruçámos nesta Unidade Curricular sobre a temática dos blogues e das páginas pessoais no processo de construção da identidade na adolescência, foi aqui discutida a questão do caso americano não ser aplicável ao nosso. Nesse sentido, as conclusões das entrevistas vêm corroborar aquilo que alguns de nós já tínhamos intuído a partir da nossa experiência.
Pelas respostas dos nossos jovens constatamos que estes não atribuem especial importância à existência de blogue/página pessoal, nem visitam os dos outros. Ambos os grupos referem que alguns jovens criam blogues no âmbito de trabalhos escolares. Atrevo-me a acrescentar que poucos serão os jovens que continuam a actualizar os blogues, depois dos trabalhos estarem concluídos. Assim sendo, por aquilo que me é dado a observar na minha prática diária e como resultado de algumas leituras, eu diria que:
- alguns jovens não têm as competências tecnológicas necessárias para criarem um blogue ou uma página Web;
- criar um blogue para alguns é tarefa fácil, porém mantê-lo actualizado implica tempo e alguma disciplina;
- manter um blogue, por exemplo, implica escrever e muitos jovens têm dificuldade e/ou não gostam de o fazer.
- os jovens preferem a comunicação instantânea das redes sociais e telemóvel à comunicação assíncrona dos blogues.
Não sei se concordam comigo ou se, do vosso ponto de vista, existirão outros aspectos a considerar.
Finalmente, a maioria dos jovens gosta de estar “in” e de momento “o que está a dar” é o Facebook (ou Hi5), onde os jovens podem estar em rede com vários “amigos”, onde comentam vários temas ou simplesmente as fotos dos amigos utilizando o mesmo tipo de linguagem (com abreviaturas) das mensagens de telemóvel e onde podem comunicar em tempo real.
Até breve
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