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domingo, 26 de dezembro de 2010

Reflexão



Nesta actividade em grupo, o objectivo era reconhecer a influência dos media digitais na construção da identidade social dos jovens.

Numa primeira fase organizámo-nos em grupos. Juntei-me mais uma vez à Zelinda e à Soledade, com quem já tinha trabalhado e de onde resultou uma experiência muito positiva. De comum acordo, optámos por seleccionar o texto: Mobile Identity: Youth, Identity, and Mobile Communication Media. In Youth, Identity, and Digital Media.

Esta tinha aliás sido a minha primeira opção pessoal, por considerar que era uma temática que ainda não tinha sido abordada nesta Unidade e que me interessava particularmente, ou não fossem os telemóveis, hoje, quase uma extensão do próprio corpo dos adolescentes.

Nos dias de hoje, já faz parte da paisagem urbana (e rural) ver um jovem a andar na rua com o seu telemóvel, seja a telefonar, seja a ouvir música, seja (sobretudo) a enviar mensagens. Alguma (se não muita) influência deve ter este meio de comunicação na vida dos adolescentes, no modo como se relacionam uns com os outros e no modo como percepcionam a sociedade em que se inserem. Por todos estes motivos, penso que foi uma boa decisão termos escolhido este estudo sobre os telemóveis para analisar e sintetizar.

Em termos de metodologia não foi nada complicada a operacionalização do trabalho. Seguindo o esquema que nos foi dado para sintetizar o texto (apresentação do estudo, objectivos do mesmo, principais resultados e principais conclusões), dividimos as tarefas entre nós e utilizando o google docs construímos o texto final. Recorremos ainda ao fórum para comunicarmos e utilizámos o Skype.

A análise do estudo em questão permitiu-me tirar algumas elações:
• As conclusões do estudo realizado na Dinamarca poderiam ser as conclusões de um estudo feito no nosso país. Esta questão das novas tecnologias e dos media digitais, devido à sua própria essência, são, de facto, um fenómeno global.
• Do estudo retenho a ideia de que a identidade dos jovens é influenciada pelos meios de comunicação, em particular os telemóveis, uma vez que a identidade dos jovens é ela própria móvel, (fluída) pois os adolescentes estão sempre num processo de autoconstrução da sua identidade - Mobily Identity. Daí talvez a preferência por este meio de comunicação por parte destes.

• É durante a adolescência que os jovens saiem do seu “casulo” familiar e, num processo gradual, se abrem ao mundo, aos outros, à procura de si próprios. O telemóvel permite-lhes esta interacção permanente com os seus pares, o sentirem que estão “sempre em cima do acontecimento”, pois independentemente de onde estiverem, estão sempre contactáveis.
Na fase do fórum geral, foi discutida a possibilidade de o telemóvel ser um recurso passível de ser utilizado na sala de aula. Existem já algumas experiências nesse sentido, tal como dei conta ao referir um artigo da revista Noesis, mas de facto, nas maioria das escolas, a tendência continua a ser proibir o uso do telemóvel na sala de aula, devido à perturbação que introduz nas actividades lectivas.

Pessoalmente, considero que a utilização do telemóvel, devidamente enquadrada numa actividade lectiva, pode ser uma mais valia como recurso de aprendizagem. Por outro lado, devem ser acauteladas algumas questões como o preço das mensagens e chamadas, pelo facto dos alunos terem operadores diferentes. Tal pode suscitar alguns problemas com os encarregados de educação.

Na fase da discussão do fórum dei igualmente o meu contributo em relação ao trabalho dos outros grupos. No texto sobre os blogues e páginas pessoais, sublinhei novamente a questão da segurança na rede e a necessidade de nós, enquanto pais e educadores, estarmos alertas e alertar os jovens para os potenciais perigos.

Quanto ao texto sobre as redes sociais, sublinhei que as redes sociais têm sido nos últimos anos aproveitadas pelos adolescentes para interagir com os seus inúmeros “amigos” e para irem construindo a sua própria identidade, por um lado, e para situações de aprendizagens, por outro.
Em suma, esta actividade permitiu-me reflectir, com base em estudos científicos, sobre esta temática dos media digitais e das implicações que estes têm na construção da identidade pessoal e social dos jovens com quem lido diariamente.


Evidencio no fórum desta actividade a minha intervenção a respeito do uso do telemóvel em contexto educativo e a resposta da Zelinda pela referência a um estudo sobre esta questão levantada por mim. 

O telemóvel na sala de aula
por Teresa Costa - Sábado, 4 Dezembro 2010, 22:44

Caros colegas sorriso


Gostaria de introduzir aqui uma reflexão sobre os telemóveis e os jovens, mas numa perspectiva algo diferente da do texto 4, que o meu grupo trabalhou.
Todos nós, enquanto professores, já nos vimos confrontados com situações menos agradáveis com alunos devido ao uso inapropriado do telemóvel na sala de aula. Provavelmente também, nas nossas bibliotecas o uso do telemóvel não será permitido. E que tal se explorássemos as potencialidades desta tecnologia móvel num ambiente de aprendizagem? Convido-vos, por isso, a ler um artigo da revista Noesis, de 2008, “O futuro é já hoje”, p. 42-45, em que uma professora do ensino secundário nos demonstra como tal é possível. (http://www.dgidc.min-edu.pt/revista_noesis/Documents/Revista%20Noesis/Noesis%2074/noeis74.pdf). A partir de uma aula deste tipo é sempre possível explorar outros aspectos da utilização do telemóvel, nomeadamente numa perspectiva de cidadania.
Teresa

Re: O telemóvel na sala de aula
por Zelinda Cruz - Domingo, 5 Dezembro 2010, 17:23

Olá Teresa, Olá Soledade,Olá colegas,
(Soledade, estava a redigir o meu comentário quando editaste o teu, espero não estar desfasado).
 A referência ao telemóvel como instrumento passível de ser utilizado em contexto educativo, é de facto, interessante. Muitos de nós talvez nunca tenham pensado nessa hipótese. Li com atenção o artigo indicado pela Teresa e fiquei tentada a fazer uma experiência semelhante. Porque não pôr os alunos a enviar mensagens poéticas, a realizar filmagens na escola, tirar fotografias, gravar textos… ? Uma vez que os telemóveis têm tantas funcionalidades porque razão não as aproveitar e colocá-las ao serviço da aprendizagem?
Acrescento um estudo, datado de Abril de 2010, que pode complementar o artigo apresentado pela Teresa e que se debruça exactamente sobre a promoção e utilização do telemóvel  como recurso educativo:


Até breve!

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